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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

michael bloomfield

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The Paul Butterfield Blues Band

michael bloomfieldMichael Bloomfield foi um dos primeiros grandes guitarristas de blues da América branca, ganhando reputação na banda de Paul Butterfield. Agraciado por uma técnica prodigiosa ele também seguiu carreira solo, com resultados variáveis. Desconfortável com o tratamento dado de herói da guitarra, Bloomfield tendia a ficar longe dos holofotes. Depois de passar apenas alguns anos sob as suas luzes, ele manteve uma carreira de menor visibilidade durante os anos 70 devido à sua aversão à fama e o vício acentuou essa aversão. Michael Bloomfield Bernard e seu irmão Allen nasceram e cresceram em Chicago em uma abastada família judia. Filhos de um rico industrial que fez fortuna na fabricação e venda de equipamentos para restaurantes. Bloomfield e seu pai nunca tiveram uma estreita relação. Solitário, tímido e desajeitado ele se interessou pela música através das estações de rádio do Sul, que ouvia à noite, o que lhe deu uma fonte regular de rockabilly, R&B e blues. Ele recebeu sua primeira guitarra em seu ‘b'nai mitzvá’, nome dado à cerimônia que insere o jovem judeu como um membro maduro na comunidade judaica.

Quando adolescente Bloomfield saia furtivamente da casa de seus pais, com a ajuda das empregadas domésticas, para visitar os clubes de blues no lado sul de Chicago. Foi lá que ele e seus amigos de escola conheceram Muddy Waters, o vocalista e guitarrista Big Joe Williams, o gaitista Little Walter, bem como o futuro gaitista Charlie Musselwhite, o vocalista e produtor Nick Gravenites, e o gaitista e bandleader Paul Butterfield. Bloomfield, por vezes, pulava no palco para uma jam com os músicos o que o tornou conhecido. Consternado com a volta a uma escola privada na Costa Leste em 1958 ele finalmente se formou em uma escola para jovens problemáticos de Chicago. Por esta época, ele abraçou a subcultura beatnik, freqüentando lugares perto da Universidade de Chicago e conseguiu emprego como gestor de um clube popular e frequentemente tocava guitarra com os veteranos do blues e com várias bandas diferentes. Seu estilo de tocar recebeu influências dos mestres da guitarra elétrica de Chicago: Muddy Waters, Rush Otis e Buddy Guy. E logo se tornou um guitarrista experiente, e começou a tocar em bandas de bailes na Universidade de Chicago.

mike bloomfield - the group

‘The Group’ (Columbia Recording Studio, Chicago - 1964)

Em 1964, Bloomfield foi descoberto pelo lendário produtor musical John Hammond, que o contratou para a CBS, e gravou algumas sessões com sua banda chamada ‘The Group’ que incluia Charlie Musselwhite. No entanto, depois de várias gravações inéditas a gravadora não sabia como comercializar um guitarrista de blues americano branco. No começo de 1965, Bloomfield juntou-se à banda de Paul Butterfield, uma banda racialmente integrada. Individualmente, o trabalho de Bloomfield foi aclamado como uma ponte entre o Chicago blues e o rock contemporâneo. Mais tarde, em 1965, chegou à fama como guitarrista convidado por Bob Dylan com o single, ‘Like a Rolling Stone’, no inovador álbum, ‘Highway 61 Revisited’, de 1965, o primeiro álbum de Dylan a ser gravado inteiramente com uma banda de rock. E também foi destaque no ‘Newport Folk Festival’. Nesse meio tempo, Bloomfield estava desenvolvendo interesse pela música oriental, especialmente a indiana, que influenciou no álbum ‘East-West’, o segundo do ‘The Butterfield Blues Band’, um álbum que fundiu blues, jazz, world music, rock psicodélico e de uma forma sem precedentes. A banda se tornou a favorita na emergente cena musical de San Francisco e, em 1967, Bloomfield deixou o grupo permanentemente e foi buscar novos projetos.

michael bloomfield - paul butterfield blues band    bob dylan & bloomfied

'The Butterfield Blues Band’| Bob Dylan e Michael Bloomfield

Bloomfield rapidamente formou uma nova banda chamada ‘Electric Flag’ com Nick Gravenites nos vocais, o organista Barry Goldberg, o baixista Harvey Brooks e o baterista Buddy Miles; e com uma seção de metais, o que permitiu ao grupo adicionar música soul à sua longa lista de influências. O ‘Electric Flag’ estreou no ‘Monterey Pop Festival’ em 1967 e lançou o primeiro álbum ‘A Long Time Comin'’ em 1968. Os críticos elogiaram o som do grupo qualificando-o como intrigante. Infelizmente, a banda já estava se desintegrando devido a rivalidade entre os membros e a péssima gestão, para não mencionar o abuso de heroína. Bloomfield deixou a banda que ele formou antes do álbum ser lançado. Em seguida ligou-se ao organista Al Kooper, com quem havia tocado na banda de Dylan, e lançaram o álbum ‘Super Session’ que destacou suas habilidades e as de Stephen Stills do outro lado. Emitido em 1968, o álbum recebeu excelentes críticas e, além disso se tornou o álbum mais vendido na carreira de Bloomfield. O sucesso de ‘Super Session’ levou ao ‘The Live Adventures of Mike Bloomfield and Al Kooper’, gravado ao longo de três shows e com estréia de Bloomfield cantando.

michael bloomfield - electric flag

'Electric Flag'
da esquerda para a direita: Nick Gravenites, Marcus Doubleday, Mike Bloomfield (com a bandeira americana na mão), Harvey Brooks, Buddy Miles, Barry Goldberg e Peter Strazza

Bloomfield, no entanto, foi cauteloso com o sucesso comercial e o crescente desencanto com a fama já era evidente. Ele também estava cansado das turnês e depois da gravação do segundo álbum com Kooper, ele se aposentou por um tempo. No entanto, continuou como guitarrista de sessão e produtor, e também começou a compor para trilhas sonoras de filmes, incluindo alguns filmes pornográficos, e ocasionalmente, excursionou com ‘Bloomfield and Friends’, que incluia Nick Gravenites e Mark Naftalin. Além disso, retornou ao estúdio em 1973 para uma sessão com John Hammond e o pianista de New Orleans, Dr. John; o resultado, ‘Triumvirate’, foi lançado pela Columbia, mas não fez muito sucesso. Durante o final dos anos 70, continuou a gravar álbuns solo de desigual qualidade para vários rótulos menores, geralmente em ambientes predominantemente acústicos. Destes, ‘If You Love These Blues, Play ‘Em as You Please’ lançado em 1976, é considerado o melhor. Produzido pela revista ‘Guitar Player’ como um álbum de instrução sobre os vários estilos de tocar guitarra blues foi indicado ao prêmio Grammy.

Infelizmente, Bloomfield também estava atormentado pelo alcoolismo e pelo vício em heroína durante a maior parte dos anos 70, o que fez dele uma figura pouco confiável e, que lentamente, custou-lhe algumas de suas associações musicais de longa data, assim como seu casamento. Em 1980, aparentemente, ele tinha se recuperado o suficiente para uma turnê na Europa; no final deste mesmo ano, ele também apareceu no palco em San Francisco com Bob Dylan para uma interpretação de ‘Like a Rolling Stone’. No entanto, em 1981, Bloomfield foi encontrado morto em seu carro de uma overdose de drogas, com apenas 37 anos. Em 2003, foi classificado em 22º pela revista ‘Rolling Stone’ entre os 100 maiores guitarristas de todos os tempos.

michael bloomfield - goin down slow


michael bloomfield - don't say that I ain't your man! (1994)    michael bloomfield - I'm cutting out (1964-1965)    michael bloomfield - If You Love These Blues (2004)

Don't Say That I Ain't Your Man! (1994)
(Essential Blues 1964-1969)
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Tracklist
01. I've Got You In The Palm Of My Hand 02. Last Night 03. Feel So Good 04. Goin Down Slow 05. I Got My Mojo Working 06. Born In Chicago 07. Work Song 08. Killing Floor 09. Alberts Shuffle 10. Stop 11. Mary Ann 12. Dont Throw Your Love On Me So Strong 13. Dont Think About It Baby 14. It Takes Time 15. Carmelita Skiffle

I'm Cutting Out (2001)
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Personnel: Michael Bloomfield (guitar and vocals); Charlie Musselwhite (harmonica); Mike Johnson (guitar); Sid Warner (bass); Norman Mayell (drums); Brian Friedman (piano)
Tracklist: 01. I Got My Mojo Working 02. I Feel So Good 03. Goin’ Down Slow 04. I’ve Got You In The Palm Of My Hand 05. The First Year I Was Married 06. I’m Cutting Out 07. Lonesome Blues 08. I Got My Mojo Working 09. Last Night 10. I Feel So Good

If you love these blues Play 'Em As You Please (2004)
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Tracklist:
01. If You Love These Blues 02. Hey, Foreman 03. Narrative #1 04. WDIA 05. Narrative #2 06. Death Cell Rounder Blues 07. Narrative #3 08. City Girl 09. Narrative #4 10. Kansas City Blues 11. Narrative #5 12. Mama Lion 13. Narrative #6 14. Thrift Shop Rag 15. Narrative #7 16. Death in My Family 17. East Colorado Blues 18. Blue Ghost Blues 19. Narrative #8 20. The Train Is Gone 21. Narrative #9 22. The Alter Song 23. I'll Overcome 24. I Must See Jesus 25. Great Dreams from Heaven 26. Gonna Need Somebody on My Bond 27. I Am a Pilgrim 28. Just a Closer Walk With Thee 29. Have Thine Own Way 30. Farther Along 31. Peace in the Valley

‘Super Session’ é um álbum imaginado por Al Kooper com Mike Bloomfield e Stephen Stills, que não tocam juntos no álbum, Bloomfield toca da primeira a quinta faixa, e Stills da sexta a nona, as três últimas são faixas bônus. O disco foi habilmente enriquecido com a seção rítmica poderosa de Harvey Brooks (baixo) e Hoh Eddie (bateria), bem como Barry Goldberg (piano elétrico) em ‘Shuffle Albert’ e ‘Stop’.

‘The Live Adventures Of Mike Bloomfield & Al Kooper’ foi gravado em setembro de 1968 no ‘Fillmore East ‘, uma casa de shows mantida pelo empresário de rock Bill Graham durante o final dos anos 60 e começo dos 70 na Second Avenue, New York. Funcionou de 1968 a 1971, sendo palco para os concertos dos maiores astros de rock da época. Era casa-irmã do Fillmore Auditorium (posteriormente renomeado para Fillmore West), que Graham mantinha em sua base de operações, São Francisco, Califórnia. O álbum contém várias releituras de clássicos do rock e do blues, e algumas músicas de autoria da dupla. Carlos Santana acompanhou a dupla nesse disco.

‘Fillmore East: The Lost Concert Tapes 13-12-68’, também gravado no ‘Fillmore East’ só foi lançado em 2003 e teve a participação especial de Johnny Winter em ‘It's My Own Fault’.

Super Session (1968)    Live Adventures of Michael Bloomfield & Al Kooper (1968)    Fillmore East: The Lost Concert Tapes 12-13-68

Super Session (1968)
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Personnel: Mike Bloomfield (guitarra); Al Kooper (vocal, piano, orgão); Stephen Stills (guitarra); Barry Goldberg (piano em ‘Albert's Shuffle’ e ‘Stop’); Harvey Brooks (baixo); Eddie Hoh (bateria)
Tracklist: 01. Albert's Shuffle 02. Stop 03. Man's Temptation 04. His Holy Modal Majesty 05. Really 06. It Takes a Lot to Laugh, It Takes a Train to Cry 07. Season of the Witch 08. You Don't Love Me 09. Harvey's Tune 10. Albert's Shuffle 11. Season of the Witch 12. Blues for Nothing 13. Fat Grey Cloud [live]

The Live Adventures of Michael Bloomfield & Al Kooper (1968)
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CD 1    CD 2
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CD 1    CD 2

Personnel: Mike Bloomfield (guitarra); Al Kooper (orgão, piano); John Kahn (baixo); Skip Prokop (bateria); Carlos Santana (guitarra); Elvin Bishop (guitarra)
Tracklist CD 1: 01. Opening Speech 02. The 59th Street Bridge Song (Feelin' Groovy) 03. I Wonder who 04. Her Holy Modal Highness 05. The Weight 06. Mary Ann 07. Together 'til the End of Time 08. That's All Right 09. Green Onions
Tracklist CD 2: 01. Opening Speech 02. Sonny Boy Williamson 03. No more Lonely Nights 04. Dear Mr. Fantasy 05. Don't Throw your Love on Me so Strong 06. Finale-Refugee

Fillmore East: The Lost Concert Tapes 12-13-68 (2003)
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parte I    parte II
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parte I    parte II

Personnel: Michael Bloomfield (vocal, guitarra); Al Kooper (vocal, piano, orgão); Johnny Winter (vocal, guitarra); Paul Harris (piano); Johnny Cresci (bateria)
Tracklist
01. Introductions 02. One Way Out 03. Mike Bloomfield's Introduction of Johnny Winter 04. It's My Own Fault 05. 59th Street Bridge Song (Feelin' Groovy) 06. (Please) Tell Me Partner 07. That's All Right Mama 08. Together Till the End of Time 09. Don't Throw Your Love on Me So Strong 10. Season of the Witch

domingo, 18 de dezembro de 2011

ABC of the blues 16: howlin' wolf

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howlin' wolfHowlin' Wolf (1910 - 1976), nascido Chester Arthur Burnett foi um influente cantor, guitarrista e gaitista. Com voz potente e uma ameaçadora presença física, Howlin' Wolf é comumente classificado entre os principais músicos do blues elétrico. Uma série de canções escritas ou popularizadas por ele tornaram-se clássicos do blues. Com o seu enorme físico, ele era uma presença imponente, com uma das vozes mais memoráveis de todos os cantores clássicos do Chicago blues da década de 50. Seu estilo era frequentemente contrastado com a apresentação menos temível, mas também poderosa de seu contemporâneo e profissionalmente rival Muddy Waters. Howlin’ Wolf, Sonny Boy Williamson, Little Walter e Muddy Waters são os maiores artistas de blues que gravaram para a ‘Chess Records’, em Chicago. Em 2004, a ‘Rolling Stone Magazine’ classificou Howlin' Wolf em 51º em sua lista dos 100 maiores artistas de todos os tempos. Nascido em Mississippi, quando ainda criança, Howlin foi expulso de casa pela mãe e o padrasto por se recusar a trabalhar na fazenda, e foi morar com seu tio, Will Young, que o maltratava. Com 13 anos, fugiu para se juntar a seu pai, onde ele finalmente encontrou um lar feliz. Durante o auge de seu sucesso, ele retornou para sua cidade natal para ver sua mãe, mas foi levado às lágrimas quando ela o rejeitou e se recusou a aceitar qualquer dinheiro que ele lhe oferecesse, dizendo que se tratava de dinheiro do diabo, vindo de onde viera, do blues, música do diabo. Em 1930, Howlin’ Wolf encontrou Charley Patton, que o ensinou a tocar guitarra. Com Patton, Wolf também aprendeu sobre carisma.

Em 1941, com trinta anos, ele foi recrutado pelo Exército dos EUA. Encontrando dificuldades para se adaptar à vida militar voltou para a sua família e ajudou na agricultura. Em 1948, ele formou uma banda e rapidamente se tornou uma celebridade local. Suas primeiras gravações foram feitas em 1951. Na década de 60 excursionou pela Europa com o ‘American Folk Blues Festival’ organizado pelos produtores alemães Horst Lippmann e Fritz Rau. Na década de 70, com o seu guitarrista de longa data, Hubert Sumlin, viajou para Londres junto com o produtor da ‘Chess Records’ para gravar o álbum ‘Howlin' Wolf London Sessions’ acompanhado pelas estrelas do blues britânico, tais como Eric Clapton. Ao contrário de muitos outros músicos de blues, depois que ele deixou a sua infância pobre para começar uma carreira musical, Howlin' Wolf sempre foi bem sucedido financeiramente, uma distinção rara para um homem negro e cantor de blues da época. Em seu início de carreira, este foi o resultado de sua popularidade musical e sua habilidade de evitar as armadilhas do álcool e drogas em que tantos caíram. Apesar de analfabeto, com 40 anos finalmente voltou para a escola, e mais tarde para estudar contabilidade e outros cursos destinados a ajudar na sua carreira. No final dos anos 60, ele sofreu vários ataques cardíacos e, em 1970, seus rins foram severamente danificados em um acidente automobilístico. Ele morreu em 1976 de complicações de doença renal. O ‘Howlin’ Wolf Memorial Blues Festival’ é realizado anualmente em West Point, Mississippi. Leia +...


Tracklist
01. Howlin' Wolf - Look-A-Here Baby
02. Howlin' Wolf - Smile at Me
03. Howlin' Wolf - California Boogie
04. Howlin' Wolf - My Baby Walked Off
05. Howlin' Wolf - Chocolate Drop
06. Howlin' Wolf - Mr. Highway Man
07. Howlin' Wolf - Color and Kind
08. Howlin' Wolf - Everybody's in the Mood
09. Howlin' Wolf - (Well) That's Alright
10. Howlin' Wolf - Baby Ride with Me
11. Howlin' Wolf - Decoration Day Blues
12. Howlin' Wolf - Moanin' at Midnight
13. Howlin' Wolf - The Wolf Is at Your Door
14. Howlin' Wolf - Getting Old and Grey
15. Howlin' Wolf - Oh, Red!
16. Howlin' Wolf - My Last Affair
17. Howlin' Wolf - Dorothy Mae
18. Howlin' Wolf - I Got a Woman (Sweet Woman)
19. Howlin' Wolf - Bluebird Blues
20. Howlin' Wolf - Howlin' Wolf Boogie



howlin' wolf - baby ride with me


ABC of the blues volume 16
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parte I    parte II
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parte I    parte II



quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

ABC of the blues 17: alberta hunter & ivory joe hunter

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alberta hunterAlberta Hunter (1895 - 1984) foi cantora de jazz e blues, compositora e enfermeira. Iniciou a carreira musical por volta de 1920, e desde então, tornou-se cantora de sucesso, aclamada pela crítica na mesma linha que Ethel Wathers e Bessie Smith, com ‘voz negra’ indiscutível e humor irreverente em suas apresentações. Em 1950, ela se retirou dos palcos, tornando-se enfermeira em New York. Retornou ao meio artístico apenas em 1977, com apresentações públicas e gravações até a sua morte, em 1984, aos 89 anos. Alberta Hunter nasceu em Memphis, Tennessee, fugiu de casa aos doze anos e foi para Chicago para tentar a carreira de cantora e atriz de variedades. Por volta de 1920, mudou-se para New York onde, desde 1921 gravou para a quase totalidade das gravadoras da cidade, sendo acompanhada por excelentes músicos, como Louis Armstrong, Sidney Bechet, as bandas de FIetcher Henderson e Fats Waller. Nos anos 20 começou também sua atividade teatral, atuando na revista ‘How Come’. Em 1934 foi para Londres, atuar no musical ‘Show Boat’ que realizou junto ao barítono Paul Robenson. Ainda em Londres gravou com a orquestra de Jack Jackson. De volta definitivamente a New York em 1937, iniciou uma longa carreira no rádio. Em 1952 voltou à Inglaterra como cantora na orquestra de Snub Mosley. Depois de algumas atividades teatrais na revista da Broadway ‘Mrs. Patterson’, decidiu deixar a música para se tornar enfermeira e cuidar de sua mãe enferma. Retornou em grande estilo em 1977 aos 81 anos, cumprindo um longo contrato no ‘Cookery’ em Greenwich Village, New York, emplacando um grande sucesso, ‘Amtrak Blues’ e recebendo o prêmio ‘Handy’ de melhor cantora viva de blues. Quando veio a falecer já era reverenciada como uma das maiores lendas do jazz e do blues. Leia +...

Ivory Joe HunterIvory Joe Hunter (1914 - 1974) foi cantor de rhythm and blues, compositor e pianista. Depois de uma série de hits nas paradas dos EUA a partir de meados dos anos 40, tornou-se amplamente conhecido com ‘Since I Met You Baby’ em 1956. O que lhe valeu o apelido de ‘The Baron of the Boogie’ e também como ‘The Happiest Man Alive’. Sua produção musical ia de R&B ao blues, boogie-woogie, e country, e Hunter teve sucesso em todos os gêneros. Excepcionalmente, ele foi homenageado no ‘Monterey Jazz Festival’ e no ‘Grand Ole Opry’, que apresenta concertos semanais de música country em Nashville, Tennessee, das maiores estrelas do gênero desde 1925. Hunter nasceu em Kirbyville, Texas, e desde cedo desenvolveu interesse pela música. Seu pai, tocava guitarra e sua mãe cantava gospel. Aos 13 anos já era um pianista de talento e quando adolescente fez sua primeira gravação para Alan Lomax, da Biblioteca do Congresso dos EUA, em 1933. No início dos anos 40, Hunter teve seu próprio programa de rádio no Texas, e em 1942 ele se mudou para Los Angeles, juntando-se ao ‘Three Blazers’ de Johnny Moore quando compôs e gravou sua primeira canção, ‘Blues At Sunrise’. No final de 1940, Hunter fundou a 'Pacific Records'. Em 1954, ele havia gravado mais de 100 músicas e se mudou para a ‘Atlantic Records’. Ao visitar Memphis, Tennessee, na primavera de 1957, Hunter foi convidado por Elvis Presley para visitar Graceland. Os dois passaram o dia juntos, cantando. Presley gravou várias de suas canções. Em 1959, pouco antes de sua popularidade começar a declinar gravou música country fazendo aparições regulares no ‘Grand Ole Opry’. Em 1974, o câncer de pulmão o levou à morte.


Tracklist
01. Alberta Hunter - Down Hearted Blues
02. Alberta Hunter - Why Did You Pick Me Up
03. Alberta Hunter - Don't Pan Me
04. Alberta Hunter - Jazzin' Baby Blues
05. Alberta Hunter - You Can't Have It All
06. Alberta Hunter - You Shall Reap Just What You Sow
07. Alberta Hunter - Taint Nobody's Business
08. Alberta Hunter - If You Want to Keep your Daddy
09. Alberta Hunter - Chirping the Blues
10. Alberta Hunter - Some Day Sweetheart
11. Ivory Joe Hunter - Heaven Came Down to Earth
12. Ivory Joe Hunter - It May Sound Silly
13. Ivory Joe Hunter - I Need You
14. Ivory Joe Hunter - You Mean Everything to Me
15. Ivory Joe Hunter - Shooty Booty
16. Ivory Joe Hunter - Yes, I Want You
17. Ivory Joe Hunter - I Just Want to Love You
18. Ivory Joe Hunter - I'll Never Leave You, Baby
19. Ivory Joe Hunter - All About the Blues
20. Ivory Joe Hunter - She's Gone



I just want to love you
(ivory joe hunter)


ABC of the blues volume 17
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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

the ultimate jazz archive: swing to bebop, modern jazz 31

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 lou donaldson

Lou Donaldson (1926) é saxofonista e é mais conhecido por sua abordagem soulful e bluesy de tocar o saxofone alto, embora em seus anos de formação ele tenha sido fortemente, como muitos do bebop o foram, influenciado por Charlie Parker. Lou Donaldson foi um dos primeiros discípulos do lendário Charlie Parker. Suas primeiras gravações foram com emissários do bop, o vibrafonista Milt Jackson e o pianista Thelonious Monk em 1952, e participou de vários pequenos grupos com outros luminares do jazz como o trompetista Blue Mitchell, o pianista Horace Silver, e o baterista Art Blakey. Ele era membro do quinteto de Art Blakey e apareceu em alguns dos seus melhores álbuns como o ‘A Night At Birdland’, Vols. I & II, gravação ao vivo com Clifford Brown, Horace Silver, Art Blakey e Tommy Potter. Em 1953, ele também gravou sessões com o trompetista Clifford Brown, e o baterista Philly Joe Jones. Lou Donaldson gravou nos gêneros bop, hard bop e jazz soul. Hoje, com 79 anos de idade ainda toca com o mesmo estilo que o estabeleceu como um dos saxofonistas mais populares de sempre e continua em turnê pela Europa, Japão e EUA.



art farmer

Art Farmer (1928 – 1999) nascido Arthur Stewart Farmer foi trompetista e tocou flugelhorn, instrumento de bronze semelhante a uma trombeta. Tocou também o flumpet, uma combinação de trompete e flugelhorn projetado para ele por David Monette, artesão que desenha e constrói instrumentos de bronze e bocais para músicos. Seu irmão gêmeo idêntico, Addison Farmer foi baixista. Filho de um metalúrgico Art Farmer trabalhou como músico dos anos 40 em diante. Morando em Los Angeles, ele tocou nas bandas do saxofonista Benny Carter e do pianista Jay McShann entre outros. Juntou-se à orquestra de Lionel Hampton por volta de 1953, quando os trompetistas Clifford Brown e Quincy Jones estavam também com Hampton na época. Tendo se mudado para New York, trabalhou mais tarde com o saxofonista Gigi Gryce, o pianista Horace Silver e o saxofonista e clarinetista Gerry Mulligan, entre outros. Na mesma década se apresentou em gravações de arranjadores mais importantes da época e formou o ‘The Jazztet’ com o compositor e saxofonista tenor Benny Golson, o grupo não teve compromissos suficientes para durar além de 1962, mas ajudou na carreira do pianista McCoy Tyner e do trombonista Grachan Moncur III. No início de 1960, Art Farmer formou um trio com o guitarrista Jim Hall e o baixista Steve Swallow, mais tarde com o baterista Pete La Roca e o pianista Steve Kuhn. Em seguida mudou-se para a Europa, para Viena, onde tocou com ‘Kenny Clarke-Francy Boland Big Band’, uma das bandas de jazz mais notáveis formadas fora dos Estados Unidos. Com o saxofonista Benny Golson reviveu a ‘The Jazztet’ na década de 80 para uma série de compromissos com Curtis Fuller no trombone.



tal farlow

Tal Farlow (1921 - 1998) nascido Talmage Farlow Holt foi guitarrista. Farlow nasceu em Greensboro, North Carolina, e era quase tão famoso por sua relutância em tocar publicamente como por suas incríveis habilidades. Seu pai lhe deu um bandolim e ensinou alguns acordes, a partir daí Tal Farlow foi autodidata. Ele trocou o bandolim por uma guitarra quando adolescente, na mesma época em que trabalhava como pintor. Após vários anos de trabalho como músico começou a tocar profissionalmente em 1948 com a banda do famoso vibrafonista e pianista Marjorie Hyams. Com ‘Red Norvo Trio’ do vibrafonista Red Norvo, que originalmente incluía Charles Mingus, entre 1049-1953, Tal Farlow se tornou famoso no mundo do jazz. Suas mãos enormes e a capacidade de espalhá-las sobre o braço da guitarra lhe valeu o apelido de ‘Octopus’, e fez dele um dos melhores guitarristas da época. Depois de seis meses com ‘Artie Shaw's Gramercy Five’ em 1953, Farlow montou seu próprio grupo, que por um tempo incluiu o pianista Eddie Costa. Em 1958, aposentou-se em tempo integral e se estabeleceu em New Jersey, retornando para a carreira de pintor de sinais. No entanto, continuou a tocar em datas ocasionais em clubes locais. Em 1962, a ‘Gibson Guitar Corporation’, com a participação de Farlow, produziu a guitarra ‘Tal Farlow’. Tal Farlow morreu de câncer com 77 anos.



charles mingus

Charles Mingus (1922-1979) é o mais influente contrabaixista do jazz moderno. Nascido numa base militar em Nogale, Arizona, cresceu em Los Angeles. Tendo começado a estudar música ainda criança, depois de tentativas sem muito sucesso com o trombone e o violoncelo, acabou por se decidir pelo contrabaixo na época do colégio. Seu talento logo foi percebido, e Mingus tocou nos anos 40 nos grupos de Barney Bigard, Louis Armstrong e Lionel Hampton. Participou do trio do vibrafonista Red Norvo com o guitarrista Tal Farlow em 1950-1951. Nos anos 50 tocou com grandes músicos: Stan Getz, Art Tatum, Charlie Parker, Dizzy Gillespie, Bud Powell, Max Roach e Duke Ellington, a quem admirava muito. Em 1956 Mingus gravou o disco ‘Pithecanthropus Erectus’, reconhecido como uma obra-prima, que estabeleceu definitivamente seu nome como um dos líderes do jazz moderno. Nos dez anos seguintes, ele compôs e gravou discos antológicos. Durante a década de 60, porém, problemas psicológicos e dificuldades financeiras fizeram a carreira de Mingus entrar em colapso, não sem antes gravar mais uma de suas obras-primas, ‘The Black Saint and The Sinner Lady’, e também o disco solo como pianista, ‘Mingus Plays Piano’. A vida profissional e pessoal melhorou apenas em 1971, com o recebimento de uma bolsa de composição da fundação Guggenheim; a venda das matrizes do selo ‘Debut’, que fora fundado por Mingus e Max Roach, para a ‘Fantasy’; e a publicação da surpreendente autobiografia ‘Beneath the Underdog’. A partir daí, começou a haver um reconhecimento maior por parte do público, mas o fogo criador havia atenuado. Em 1977, Mingus foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica. Em 1978, realizou-se um concerto em sua homenagem na Casa Branca, ao qual Mingus compareceu já numa cadeira de rodas. O fim viria em 1979, depois de uma série desesperada de tentativas de cura usando diversos tipos de medicina não-convencional. Depois de sua morte, seu prestígio cresceu ainda mais, e os grupos ‘Mingus Dinasty’ e ‘Mingus Big Band’ levaram seu legado adiante. Mingus possuía uma personalidade complexa e mesmo agressiva, não são poucas as histórias de Mingus tendo agredido outros músicos. Foram diversas interrupções na produção musical por conta de sua instabilidade emocional. Sentia com intensidade o drama do preconceito racial, usando diversas vezes a música como veículo de protesto. Nos anos 50 e 60, Mingus abriu novos caminhos para o jazz e para o contrabaixo. Seu toque ao contrabaixo é nervoso, veloz e irregular, e seus solos são longos e intensos. Ele fez com o contrabaixo o que Max Roach e Art Blakey fizeram com a bateria, trouxe-o para o primeiro plano. As composições de Mingus revelam um pensamento musical sofisticado. Em certo sentido, ele pode ser considerado um precursor do free jazz. No entanto, nunca deixou de cultivar, mesmo em peças mais profundamente radicais, as raízes do jazz. Ora vanguardista, ora tradicionalista, ora lírico, ora feroz, porém sempre inovador e profundamente musical, Mingus criou, ao longo de seus 56 anos, uma obra profunda, que tem servido de inspiração para gerações de músicos. Leia +...



the ultimate jazz archive 31

evening in paris
art farmer



31-1: Lou Donaldson (1952-1954)
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parte I    parte II
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parte I    parte II

Tracklist
01. Roccus 02. Lou's blues 03. Cheek to cheek 04. The things we did last summer 05. Sweet juice 06. Down home 07. The best things in life are free 08. If I Love again 09. Caracas 10. The stroller 11. Moe's bluff 12. After you've gone 13. Blues 14. Split kick

31-2: Art Farmer (1953-1956)
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Tracklist
01. Mau Mau 02. Work of Art 03. The Little Bandmaster 04. Up in Quincy's Room 05. Wildwood 06. Evening in Paris 07. Elephant Walk 08. Tiajuana 09. When Your Lover Has Gone

31-3: Tal Farlow (1952-1955)
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parte I    parte II
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parte I    parte II

Tracklist
01. Strike up the band 02. Skylark 03. Have you met miss jones? 04. Tenderly 05. And she remembers me 06. My old flame 07. Cherokee 08. Autumn in New York 09. Tal's blues 10. I like to recognize the tune 11. There will never be another you 12. Just one of those things 13. Tenderly 14. It's you or no one

31-4: Charles Mingus (1954)
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Tracklist
01. What Is This Thing Called Love 02. Spur of the Moment 03. Thrice Upon A Theme 04. Four Hands 05. Minor Intrusions